O comentário ontem, nos cantinhos do quartel onde aconteceu a cerimônia de transmissão do Comando da Polícia Militar, era que o Coronel Bruno Knihs foi derrubado pelos oficiais a quem ele desagradou. Mas no discurso de despedida não disse nada que pudesse dar a entender que estava saindo chateado.
Já o comandante que assume, Coronel Edson Souza, é considerado um sujeito muito preparado e acostumado a lidar com a imprensa. Entre um hino e outro me contaram que o que sai tinha um perfil mais duro, que parece ser uma característica da cavalaria. O que entra é mais político (no bom sentido), mais negociador.
O novo comandante disse, depois da solenidade, o governador mandou botar a polícia na rua, pra ver se conseguem reduzir a sensação de insegurança da população.
Como era dia de festa, ninguém comentou nada se haveria dinheiro para manter as “viaturas” rodando e como fariam para tapar os rombos financeiros da corporação.
ANTENAS DE CELULAR
Uma ação judicial impediu a Telemig Celular de instalar novas antenas em Itaúna, MG, porque não respeitava a distância mínima de 200 metros das residências. Provavelmente não vai dar em nada, porque a competência é da União e o município pode pouco contra esse consórcio União-empresas de telcomunicação. Mas levanta uma questão interessante: se existe alguma fundamentação para os alegados riscos à saúde humana com a proximidade das antenas de celular, como é que fica o luxuoso hotel Majestic, que tem antenas de celular no alto de seu prédio, a menos de 200m de muitos dos apartamentos?
SANGUESSUGAS
Os nomes das operações da Polícia Federal às vezes são meio sem graça, mas este, Operação Sanguessuga, contra os ladrões do dinheiro público, que se locupletaram com a grana destinada à compra das ambulâncias do SAMU, é perfeito.
Outra coisa: pelo jeito, a divulgação do escândalo do mensalão (ou do financiamento não contabilizado das campanhas, como prefere o PT) não serviu para assustar ninguém. Todo mundo continua roubando como antes, na maior caradura. E o pessoal da Igreja Universal do Reino de Deus, quem diria, está na pole position do golpe das ambulâncias.
POBRE RIBEIRÃO DA ILHA
Primeiro, o cara abre um restaurante à beira da estrada principal. E até aí tudo bem. Depois, como quem não quer nada, coloca umas mesinhas na pracinha do outro lado da rua, à beira-mar. E não pára: vai sofisticando o “avancê” na propriedade pública. E a pracinha, que deveria ser do povo, passa a ser do dono do restaurante.
Ontem, leitor da coluna ligou para contar que o dono do restaurante que se acha dono da pracinha à beira-mar, já concluiu a concretagem da base do que provavelmente será seu novo estabelecimento. E assim vai, aos pouquinhos, transformado a pracinha numa propriedade particular.
Os produtores de cds e dvds piratas estão tão tranqüilos e tão certos da impunidade, que agora se dão ao luxo de fazer piada nas capas (sempre muito mal impressas) das cópias fajutas. Esse aí, com os erros de português de praxe, trocou o texto original na parte que dizia “todos os direitos reservados”.
2 comentários:
Nunca vi trocar tanto comandante como aqui. Troca, troca, e não mujda nada.
Abs., Tambosi
P.S.: organizei meu blog. Estás devidamente linkado.
Esse anúncio parece coisa das organizações tabajara :c)))
Alis, Cesar, quem, neste país, não tá rindo da cara do povo?
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