sexta-feira, 20 de abril de 2007

Sexta

Fiz a montagem acima, aproveitando o momento carinhoso que rolou no encontro dos ex-adversários, para que vocês pudessem avaliar se tem cabimento chamar o Zé Serra de Homer Simpson. Agora, já que estamos falando nele: quando vocês ouvem o Lula discursar, não dá impressão que ele acha que a gente é tão simplório quanto o Homer Simpson?

MULTA PARCELADA
Antes que o Kennedy (autor da lei que parcela multas de trânsito) ache que eu pego no pé dele injustamente, deixa eu mostrar o bilhete que um leitor me mandou ontem:
“Vale lembrar que o Inciso XI do artigo 22 da Constituição Federal determina que compete privativamente à União legislar sobre trânsito e transporte. Desta forma, o deputado está fazendo média e jogando para a platéia. Este caso é idêntico à isenção da tarifa básica de telefonia aprovada na Assembléia e que já foi derrubada no STF”.
PRESIDENTE ANA PAULA
As mulheres têm se destacado em muitas áreas e recuperado espaços importantes, que eram ocupados por homens apenas porque a tradição e o preconceito mandavam. Na política, contudo, o caminho tem sido mais difícil. A Assembléia Legislativa catarinense tem, hoje, só três deputadas.

E a partir de segunda-feira, a Alesc será presidida por uma delas. A deputada Ana Paula Lima (PT), 2ª Vice-Presidente, será, por alguns dias, a presidente da Assembléia Legislativa. Será a primeira mulher a presidir aquela casa de Leis que, desde 1947 (quando iniciou seu período contínuo de funcionamento), teve 35 presidentes.

Ainda há muito caminho diante das mulheres. Entraram na política, na sua maioria, porque são esposas, filhas ou irmãs de políticos. E poucas conseguem libertar-se da sombra masculina senhorial, levantar a cabeça, erguer a voz e alçar vôos próprios.

NOVA BANDEIRA
Não sou só eu que pega no pé do governo. O cartaz ao lado está diante do prédio onde funciona o curso de Direito da Univali, em Itajaí. Tem até um logotipo, usando a bandeira tremulando, marca do governo LHS. O “direito sonegado” a que se refere o cartaz, é a falta, no estado, da Defensoria Pública (advogados para quem não pode pagar). SC é o único estado que ainda não oferece, sabe-se lá por que e atendendo a que interesses, este serviço a seus habitantes.

MANGUE SOFRE...
Tem gente que acha um sacrilégio ficar reclamando que o shopping, tão grande, tão bonito, tão de primeiro mundo, foi construído em cima do mangue. E manda a gente trabalhar. Claro, sem assinar nem se identificar, porque nem todo mundo é Valente que nem eu. Mas reproduzo o recado, mesmo anônimo, porque acredito que deve ter mais gente pensando desta forma. O próprio LHS já disse coisa parecida. Lê aí:
“Esse negócio de Shopping em mangue é conversa de quem não tem o que fazer. Ora, se os órgãos ambientais, o MP e a justiça liberaram o empreendimento, quem é o defecador de sentenças que vai questionar? Só a concorrência mesmo. Então é só o Shopping que está em cima do mangue, ou o bairro Sta Mônica inteiro? Por que esses do contra, nada falam que a favela do siri está em cima de dunas? e tantas outras invasões? Dá-lhe negada do contra, do atraso, do ranço, da preguiça, da hipocrisia. Vão trabalhar...”
MPF MANDA DEMOLIR
Que o zangado anônimo não nos leia: o Ministério Público Federal resolveu ir fundo nas ocupações irregulares de terras de marinha no município de Governador Celso Ramos (aquele mesmo, que “regulamentou” a farra do boi). E está pedindo uma liminar para demolir uma casa na praia do Magalhães (baía dos Golfinhos). A família Tortelli, além da casinha (267 m2) fez a fossa na beira dágua. E, pelo jeito, estão cagando e andando, apoiados pelas vistas grossas do Ibama. Pois agora todos viraram réus na ação. Ocupar o litoral de qualquer jeito, vocês sabem, é matar a galinha dos ovos de ouro.

DEBAIXO DA PONTE
Esta semana começaram a examinar as condições dos pilares da ponte Hercílio Luz, dentro dos trabalhos de manutenção e restauração (foto ao lado). E, por coincidência, recebi, por e-mail, uma série de fotos mostrando a construção da ponte. Separei uma (ali embaixo) para comentar sobre aqueles quatro pontos numerados:

1. Como era lindo o morro do Antão, sem aquele paliteiro de antenas e prédios feiosos que enfiaram-lhe no cocoruto, de uns anos pra cá...

2. Já no começo do século passado tinha casinhas morro acima. Uma ocupação que já é quase secular.

3. Esta era a casa da família Valente. Meus avós devem ter sofrido bastante com o barulho e a bagunça das obras de construção da ponte.

4. Daquele trapiche saiam as barcas para a ilha (da empresa Valente). Depois da ponte, nunca mais teve transporte coletivo marítimo por aqui. Apesar da necessidade crescente de alternativas para o transporte de massa.

2 comentários:

Anônimo disse...

Caro César, é claro que leio, e o faço diariamente, afinal vc é um cara inteligente, digamos indispensável. Mas essa informação só vem corroborar o que eu disse, ou seja, a Justiça e o MP sabem o que fazem, geralmente. Se é ilegal ou invasão, que derrubem mesmo. Quanto a ficar no anonimato, o seu próprio blog faculta isso aos leitores. E o faz corretamente, porque caso contrário, muitas denúncias não ocorreriam. Abraço do fiel leitor e admirador

Anônimo disse...

Olá é a primeira vez que faço qualquer comentário. Porém, a leitura deste espaço o faço diariamente, considero imprescindível. Não dá para ler o Paulo Alceu e o Cláudio Prisco, sem antes passar por aqui, para saber se eles não estão escondendoalgo, ou só nos repassando meia-verdade. Mas quero deixar um comentário. Quanto à defensoria pública em nosso Estado, realmente ela não existe, pode até ser por forças ocultas, ma é válido ressaltar que se ela não existe hoje, não existiu ontem, e não existiu anteontem e assim vai, portanto, a culpa não é deste governo (não defendo governo LHS, até porque não gosto dele) estou dando uma opinião política sem fanatismo, a culpa é de todos os governos anteriores, que não tem coragem de peitar a OAB, ou o pior não tem orçamento para pagar a DPE. Abraços e parabéns pelo excelente trabalho que faz.