Da série:
Coisas que eu não entendo nas obras públicas
Cena 1: sobre o rio da Vargem, na SC 456, em Campos Novos, tinha esta ponte de madeira. Estreita e sem muretas laterais. Um problema sério e antigo.
Cena 2: uma nova ponte sobre o rio da Vargem, na SC 456, em Campos Novos, construída ao custo de R$ 143,8 mil, no lugar da ponte de madeira. Maravilha. Só que a ponte continua estreita e sem muretas laterais de proteção (só tem de um lado, pro pedestre não cair no rio, se se assustar com os caminhões).
A dúvida: Seria assim tão impossível fazer a coisa direito e já construir a ponte um pouco mais larga e com as muretas? Ou isso fica para ser prometido na campanha municipal e iniciado às pressas em 2010? Na maioria das obras públicas a gente sempre fica com essa impressão de coisa feita pela metade, para pouco tempo. Dali a um ano ou mais vai ter que ampliar, alargar, melhorar, corrigir, remendar. Não consigo entender. Ou melhor, até consigo, mas não quero.
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Coisas que eu não entendo nas obras públicas
Cena 1: sobre o rio da Vargem, na SC 456, em Campos Novos, tinha esta ponte de madeira. Estreita e sem muretas laterais. Um problema sério e antigo.
Cena 2: uma nova ponte sobre o rio da Vargem, na SC 456, em Campos Novos, construída ao custo de R$ 143,8 mil, no lugar da ponte de madeira. Maravilha. Só que a ponte continua estreita e sem muretas laterais de proteção (só tem de um lado, pro pedestre não cair no rio, se se assustar com os caminhões).
A dúvida: Seria assim tão impossível fazer a coisa direito e já construir a ponte um pouco mais larga e com as muretas? Ou isso fica para ser prometido na campanha municipal e iniciado às pressas em 2010? Na maioria das obras públicas a gente sempre fica com essa impressão de coisa feita pela metade, para pouco tempo. Dali a um ano ou mais vai ter que ampliar, alargar, melhorar, corrigir, remendar. Não consigo entender. Ou melhor, até consigo, mas não quero.
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TIRARAM O BODE DA SALA!
Todos respiraram aliviados quando o governador Dr. Moreira disse que o bode ia embora. O fedor do bicho estava insuportável, porque a sala é pequena e tem muita gente. Os engravatados de todos os matizes (políticos, empresários, garçons e maîtres) já nem se falavam direito, por causa daquele animal incômodo no meio da sala. Como já estava há uma semana, somavam-se ao cheiro peculiar de seu pelo, os odores não menos singulares da urina e das fezes.
Ontem, nas rodas de conversa, o assunto era um só, com várias dúvidas: quem botou o bode na sala? e por que puseram o bode ali? ou então, por que demoraram tanto tempo para tirá-lo?
O bode, que atende na intimidade por “Aumento de Imposto”, foi enviado para local incerto e não sabido. Nem a sociedade protetora dos animais quer saber dele. Alguns daqueles que, no começo o acariciaram, olhando-o com olhos cúpidos, agora juram que jamais quiseram nada com ele.
E o fato é que, tirado o bode da sala, já se animam todos até para uma festinha, um sarau lítero-musical ou um convescote. Melhor assim.
ACABOU-SE A POBREZA
A sala de onde o bode “Aumento do Imposto” foi retirado tem um nome pomposo: Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza (Fecep/SC). E está localizada no prédio Medida Provisória nº 131/06.
Existe uma sala semelhante no governo federal (criada em 2000 com validade até 2010), com o objetivo de “viabilizar a todos os brasileiros acesso a níveis dignos de subsistência”.
Tudo muito lindo. Somos todos mil por cento a favor que a pobreza e as desigualdades, que estão na raiz de 80% dos nossos problemas, diminuam e até desapareçam.
Só que o idiota aqui achava que era justamente para isso que todos os outros impostos serviam. Que os governos não tinham outro motivo para existir que não fosse melhorar a vida de todos os brasileiros. O Estado, entendia eu na minha ingênua parvoíce, deveria contribuir para que todos os seus habitantes pudessem ter níveis aceitáveis de nutrição, educação, saúde e renda. Mas vejo agora que esses são objetivos do tal Fecep, cujos recursos serão aplicados em “ações suplementares de nutrição, habitação, educação, saúde, reforço de renda familiar e outros programas de relevante interesse social, voltados à melhoria da qualidade de vida”.
Então tá. Durante anos tiraram o nosso couro, cobrando o que podiam e o que não podiam de impostos e não conseguiram reduzir as desigualdades e dar vida digna nem à metade da população. Mas era porque faltava esse fundo. Agora, com o fundo, tudo será resolvido. E, melhor ainda, até 2010. A eleição está garantida.
PRIMEIROS RESULTADOS
Talvez já seja efeito do Fundo de Erradicação da Pobreza: os deputados e senadores, coitados, que amargavam um salário de fome de R$ 17,7 mil, conseguiram finalmente reajustar seus vencimentos e passam a ganhar R$24,6 mil. Agora vai, porque eles não precisam mais roubar para comer.
NA PONTA DO LÁPIS
Os parlamentares justificam o aumento pornográfico que se concederam dizendo que valem a mesma coisa que um ministro do Supremo e que, portanto, devem ganhar o mesmo salário. O repórter Felipe Recondo, no blog do Noblat (www.noblat.com.br) fez as contas pra ver se é isso mesmo.
As contas: um deputado ou senador recebe o salário de R$ 24.500, mais R$ 3.000 de auxílio-moradia; R$ 50.815 de verba de gabinete; R$ 15.000 para gastos no estado em que se elegeu; R$ 4.268 de verba de correio e de telefone (no Senado a verba para telefone é ilimitada) e quatro passagens aéreas por mês. Além disso, todos os parlamentares recebem dois salários além dos 13 que todo brasileiro com carteira assinada recebe, um custo mensal de R$ 4.083. E no Senado, há carro oficial para cada um dos 81 parlamentares. Deixemos de fora que deputados e senadores têm direito a usar a gráfica para produzir material próprio. No total, portanto, um deputado custa R$ 111 mil por mês.
No STF, um ministro recebe seus R$ 24.500 por mês, R$ 3.570 de cota de passagens aéreas, R$ 300 por mês para a conta de telefone e aproximadamente R$ 35.000 para contratar funcionários de fora do Tribunal para o gabinete. Tem direito ainda a um carro oficial, gasolina ilimitada e motorista e a um apartamento funcional, mas não recebe auxílio caso não queira morar neste apartamento. Total: R$ 63 mil por mês.
Nem tente comparar com o seu salário. É depressão na certa.
O ESTADO “DELES”
Na parte do site de notícias da RBS que teoricamente é direcionado para Santa Catarina (acima), tinha ontem mais uma daquelas notícias que mostram onde a coisa é feita e quem é que manda: “pesquisadores dizem ter encontrado no Estado fóssil mais antigo”.
Qualquer imbecil acharia que o fóssil foi encontrado em Santa Catarina. Afinal, a página selecionada tem um SC lá em cima. Mas que nada, o Estado é mesmo o Rio Grande do Sul. Da mesma forma que, quando aparece “capital”, pode conferir: é Porto Alegre.
Mais tarde, alguém se deu conta da burrada e trocou o título, tirando o “Estado”.
4 comentários:
Na última eleição foi feita uma campanha, (não me lembro se era oficial) que dizia que o "patrão dos políticos éramos nós, pobre eleitores.
Pois bem, para seus "patrões" os nobres senadores e deputados deram um aumento de 5% e discutem passar o SM para 375 (ou algo parecido).
O que pode ser feito para demitir esse "bando" imediatamente? Teremos que esperar 4 anos?
É claro que eles contam com nossa fraca memória e com seu cada vez maior poder econômico...
Haja paciência..
Feliz Natal
Antonio Carlos
O que é melhor nessa notícia é o seguinte, com essa manobra de gênio do Renan Calheiros (PMDB-AL) e do Aldo Rebelo (PCdoB-SP) eles conseguiram atrelar o salário dos parlamentares ao teto do Judiciário, ou seja, agora quem vai brigar por salários não são mais os parlamentares, quem vai se desgastar agora é o judiciário, toda vez que subir o teto, ou seja, o salário do ministro do STF, todos os parlamentares ganham aumento, e eles não se desgastam, pois o aumento é para o STF e não para o legislativo! Esse povo é competente, não desiste nunca! E eu que achava que os comunistas não eram espertos, isso que é altruísmo do Aldo Rebelo, tudo o que ele quer é que o pobre minstro do STF ganhe um pouquinho mais, falando nisso já esta previsto para o ano que vem um novo aumento para o STF.
Cabe ainda ressaltar que o pessoal do Judiciário trabalha demais, é por isso que eles tem direito a 2 (dois) meses de férias por ano, e é claro o recesso (que não conta como férias, afinal é recesso) que este ano vai de 21 de dezembro a 8 de janeiro. Desta reunião em prol da categoria houve 3 (três) parlamentares que foram contra:
Senadora Heloísa Helena (PSol-AL)
Deputado Chico Alencar (PSol-AL)
Deputado Henrique Fontana (PT-RS)
É impressionante a burrice desse pessoal do Psol e do PT que não entendo o valor dos parlamentares! Ainda bem que pelo menos alguns membros mais esclarecidos do PT souberam valorizar (em 90%) a categoria e votaram a favor (lista dos que foram a favor esta nos links acima). Mas para destacar alguns:
Senador Ney Suassuna (PMDB-PB)
Deputado Sandro Mabel (PL-GO)
Humm, Suassuna, Mabel, estes nomes não me são estranhos, já devo ter ouvido falar deles por importantes projetos que apresentaram no legislativo, ah, não foi por que foram injustamente acusados de mensaleiros e sanguessugas, mas não tem problema, a justiça já foi feita e eles foram absolvidos das acusações de mensaleiros e sanguessugas,
como disse o Arnaldo Jabor ( http://jg.globo.com/JGlobo/0,19125,VBC0-2754-254628,00.html )
"Vitória também do amor. Do amor fraterno no Senado. Foi emocionante. Em vez da cassação do Ney Suassuna, uma censura doce. "Que coisa feia, Ney. Não faz isso de novo que não ganha mais ambulâncias, nem sorvete, hein?.
...
Foi um dia feliz para o Brasil: Sudam, Sudene, absolvições. Foi lindo! E o Senado comemorou. É o amor."
Cesar,
O Cacau Menezes na sua coluna de hoje, diz que os salarios dos funcionario publicos vao atrasar depois do mes de junho. Diz ele que o Estado esta quebrado. Essa declaracao, vem junto com a demissao do Secretario da Fazenda, Felipe Luz e quem entende-se ser o responsavel pela informacao.
Assunto grave e que deve ser apurado. A imprensa e a oposicao, deveriam fazer seus papaeis.
A sociedade agradece.
Pedro de Souza.
Adorei sua nota sobre o Estado deles. É muito comum você ler no clic chamadas como "Prefeitura muda trânsito", e quando abre a matéria, é sobre a Prefeitura de Porto Alegre.
Considerando que o Clic não tem nenhum repórter em Florianópolis...
Perseus Evans
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