terça-feira, 26 de dezembro de 2006

TERÇA

LULA TREINA
No sábado, o presidente Lula e a D. Marisa participaram de um encontro natalino com o Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis e encantaram-se com a filhinha de um catador. Parece que o projeto 2007 da D. Marisa (adotar uma criança) está de vento em popa. Já fazem ensaios públicos de como pegar nenem no colo. Na verdade, mais parece um treinamento, para recuperar a antiga forma e para a D. Marisa ver se o maridão ainda se lembra de como é ter criança pequena em casa.

O próximo treinamento será fazer o Lula trocar as fraldas de alguma criança, que encontrarão por acaso numa dessas solenidades que tem toda semana. Acho que só depois desse teste definitivo é que a D. Marisa vai tomar a decisão final.

O LULÊS
O Macaco Simão vive brincando com o Lulês, uma língua que ele atribui a Lula e ao PT. Mas aquilo é só brincadeira. A Folha de São Paulo levou a sério o Lulês e fez um levantamento em 1.127 discursos do presidente, a maioria feitos de improviso, para identificar palavras e expressões que Lula usa com freqüência.

Algumas são usadas centenas de vezes, como as palavras que estão entre aspas no parágrafo abaixo:
O “dado concreto” é que “nunca na história deste país” um presidente esteve tão “convencido” de que não existe “mágica na economia”, seu governo está fazendo uma “revolução na educação” e o “século 21 será da América Latina” – e tudo isso é “extraordinário”. Mas “dor de dente é coisa de pobre”.
Além de usar seu próprio vocabulário, Lula fala muito. A média é um discurso por dia útil. Mas já houve casos em que ele fez quatro discursos no período de 12 horas. E em geral são longos, em geral com mais de 40 minutos. As chances de cometer gafes, portanto, são grandes.

A Folha foi buscar especialistas para analisar a língua falada pelo presidente. E a conclusão é que, de fato, Lula tem um linguajar próprio, um vocabulário que adotou ao longo do tempo e que repete, mas eles acham que Lula se expressa com sinceridade.

TÁ CHEGANDO A HORA!
Dia 1º (próxima segunda-feira), LHS toma posse, de novo, como governador do estado. A principal novidade é a presença, neste mandato, de um tucano no gabinete do vice governador.
Por mais que digam que a função está esvaziada, o vice-governador tem um acesso ao governador que poucos políticos terão. A menos que aconteça alguma coisa muito grave, que faça LHS fechar as portas, Pavan estará numa situação privilegiada.

Se utilizará com sabedoria essa oportunidade é outra história. E, no PMDB, tem gente preocupada e torcendo contra.

E A TAM, HEM? QUEM DIRIA...
E pensar que nós todos admirávamos a TAM pela sua capacidade de inovar e servir bem. O comandante Rolim deve estar se revirando onde estiver e xingando de tudo quanto é jeito o que fizeram com a empresa que ele construiu do nada. Até o pomposo “comunicado oficial aos brasileiros” que a TAM colocou ontem em seu site é mal escrito, canhestro, insatisfatório. Indigno daquela TAM que a gente conhecia.

No domingo e ontem a empresa foi socorrida por aviões da FAB (boeings 707, 737 e Embraer 145) para tentar colocar em ordem sua escala de vôos. O incidente mostra que a maior empresa, a líder do mercado, tem problemas administrativos sérios e talvez tenha crescido rápido demais.

EDINHO, O FURA-FILA
Na quinta-feira, o avião da TAM para Florianópolis atrasou apenas uma hora. Nele estavam a senadora Ideli Salvatti e alguns deputados. Uma amiga desta coluna também estava neste vôo. E conta que todos se comportaram muito bem, respeitando as filas, esperando com civilidade, como os demais passageiros. Só um deputado se destacou pela empáfia, pela desconsideração e falta de educação: o Edinho Bez. Chegou a furar a fila (foi devidamente vaiado, mas nem se tocou), usando um discutível privilégio parlamentar imperial.

E, privilégio por privilégio, feitas as contas, a senadora, que é líder do governo e “assim” com o hômi, até poderia ter um tratamento especial. Mas não. Penou como uma passageira normal. O Edinho, conta minha amiga, indignadíssima, “com aquele cabelo brilhando de glostora, se acha mais e melhor que os outros”.

PERIGO! PERIGO!
Foi só eu alertar para o perigo de entregar secretarias e órgãos públicos a políticos despreparados ou excessivamente gananciosos, que choveram e-mails com novas advertências. Da Fesporte à Fundação de Cultura, passando por outras, a preocupação com o bem público é grande.

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