O Zeca D’Acâmpora (o chef, do bistrô famoso) morreu ontem. É o tipo de pessoa que podia e devia ficar mais tempo por aqui. Trabalhador, empreendedor, criativo e inteligente, era sempre um bom papo.
O Zeca era um dos últimos representantes de uma Florianópolis viva, desafiadora, renascentista, que floresceu no final dos 70 e início dos 80. O então principal colunista da cidade, Beto Stodieck, sintonizado na mesma freqüência, registrava a movimentação dessas figuras, como o Zeca, que agitavam o marasmo ilhéu.
Numa capital onde é comum falar muito e fazer pouco, a vida do Zeca foi sempre marcada por muito trabalho e, principalmente, muitas realizações. Um grande cara geralmente tem, junto, segurando as barras, uma grande mulher. Impossível falar no Zeca sem falar na Lélia. Complementares, cúmplices, desde a década de 70, tocaram a vida em dueto. Espero que filhos e amigos a ajudem a enfrentar a dor da amputação. Depois de tanto tempo, perder o companheiro deve ser como perder um braço. Ou metade do coração.
Sete de outubro, celebração das esquerdas.
-
O meu problema nunca é com a liberdade de expressão de transtornados,
incluindo papagaios de terroristas. Tenho, porém, alguns engulhos com o
financiamen...
Há 10 horas
Nenhum comentário:
Postar um comentário